Pular para o conteúdo principal

Performance Cube

A poesia Cube gerou a performance homônima a partir de elementos da metafísica e figuras geométricas. A artista inicia um trajeto silencioso mostrando o cubo tatuado na palma de sua mão ao público iluminada por uma lamparina. Posiciona-se na sala em frente à projeção de video mapping de cubos inspirados em obras do artista visual Sol Lewitt, aos poucos inicia-se uma música minimalista eletrônica densa e ritmada. A artista senta-se e manipula um cubo invisível à sua frente. Levanta-se e seu corpo se movimenta lentamente simétrica e assimetricamente pelo espaço. Os movimentos evocam figuras geométricas, funções matemáticas, intersecções entre espaços virtuais.

                A artista fala o poema:

Olho direito tapado                                                 Capped right eye

Manipulo um cubo                                                    I manipulate the cube

Assovio e vozes                                                         I whistle and voice

Movimentos assimétricos involuntários                    involuntary asymmetrical movements

O corpo trava                                                            The body locks

Deito com o peito preso às pernas                             lay with my chest attached to my leg                                                                              I

Manipulo o cubo                                                       I manipulate the cube

eu não sei se eu manipulo o cubo                             I do not know if I manipulate the cube

ou se ele está me manipulando.                                or if it is manipulating me."



                Ao mesmo tempo que tapa o olho direito com a mão em movimento enigmático, captura o espaço ao seu redor, instaura-se um ambiente inquietante. A trilha sonora acentua os questionamentos dos significados gerados pelo enigma. O cubo assemelha-se a um quebra-cabeça desconcertante que motiva a cena.

                A performance Cube nos conduz a dimensões imateriais relacionados à poética da cibercultura como imersão no ciberespaço, navegações em espaços cíbridos e ao mesmo tempo remete à performances dadaístas das vanguardas do início do século XX.

                A artista cria um roteiro gestual na qual atua como um desenho no espaço. Em determinado momento o corpo se aproxima do público e se contrai no chão, faz-se silêncio por um instante depois reinicia sua simetria. Ao final a artista senta-se novamente e manipula o cubo invisível com sua mão direita, caminha e entrega o cubo virtual a uma pessoa do público e sai de cena.


equipe técnica:

Fabiana Mitsue Najima - performer

Daniel Perseguin - video mapping

Itamar Vidal - trilha sonora

Antonio Gama - vídeo


Comentários